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Atividade Física e Esclerose Múltipla: o que devo saber?

08/30/2019

É muito importante adotar o hábito de se exercitar regularmente. A atividade física não só ajuda a manter um corpo saudável e prevenir outras doenças, mas também pode evitar e melhorar certos aspectos relacionados à doença.

 

Quais são os aspectos a praticar?

Flexibilidade articular: consiste em alongar os músculos e tendões para trabalhar os movimentos articulações regulares. O alongamento é básico para evitar rigidez e perda de mobilidade. Se esse aspecto não for trabalhado, os músculos podem tensionar demais e causar contraturas com dor severa.

Fortalecimento muscular: significa aumentar a força dos músculos. É fundamental, já que a prática desses exercícios pode reduzir a fadiga. Para exercitar os músculos, as atividades mais fáceis e mais comuns são levantar pesos, empurrando contra uma parede ou esticar elásticos.

Resistência física: É exercido através da prática de atividades aeróbicas, de modo que o coração e os pulmões trabalham e melhoram seu funcionamento. Contribui para manter o peso corporal e nível adequado de colesterol no sangue. As práticas mais usuais para trabalhar a resistência são através da caminhada, andar de bicicleta e nadar.

Equilíbrio e coordenação: O desenvolvimento dessas habilidades é benéfico para melhorar estabilidade e confiança ao fazer movimentos, para que estes estejam corretos e seguro. Isso ajuda a evitar lesões desnecessárias. Essas habilidades são trabalhadas através de exercícios específicos, geralmente dirigidos por um especialista.

Relaxamento: Ajuda a reduzir a tensão e a fadiga, tanto física como mental. As  atividades de relaxamento podem variar de pessoa para pessoa. Às vezes, apenas respirar profundamente, ou esticar e ouvir música tranquila já pode auxiliar.

 

Algumas dicas que você deveria ter em mente ao implementar na sua rotina 

  1. Consulte o seu médico, um fisioterapeuta e/ou um educador físico para definir um programa de exercícios apropriado.
  2. Use roupas confortáveis e frescas durante as atividades.
  3. Mantenha uma temperatura ambiente agradável.
  4. Respeite seu tempo.
  5. Defina o número de repetições de acordo com suas possibilidades.
  6. Música pode te motivar durante seus exercícios.
  7. Evite esforço excessivo.
  8. Descanse entre os exercícios e beba água.
  9. Não ultrapasse seus limites.
  10. Se você sentir alguma dor, em nenhum caso, force o exercício.

 

Agora é a sua vez!

Que exercícios você faz para melhorar sua qualidade de vida?

 

Fonte: National Multiple Sclerosis Society. Ejercicios prácticos de estiramiento para las personas con esclerosis múltiple. National Multiple Sclerosis Society. Disponível em: https://www.nationalmssociety.org/NationalMSSociety/media/MSNationalFiles/Brochures/Brochure-Ejercicios-Practicos-de-Estiramiento-para-las-Personas-con-Esclerosis-Multiple.pdf

Espasticidade na Esclerose Múltipla

Os músculos do corpo têm um grau de tensão muscular que definimos como “tônus muscular normal ”, que nos permite manter a postura. Quando os músculos aumentam o tônus, eles se tornam rígidos. Quando há espasticidade, a amplitude movimentos diminui e mover os músculos pode ser doloroso.

Entre as manifestações que ocorrem em pessoas que sofrem de espasticidade associada com a Esclerose Múltipla (EM), incluem:

  • Hipertonicidade (aumento do tônus muscular), que pode levar, em certos casos, a convulsão muscular, articulações rígidas e disfunção da bexiga;
  • Atividade muscular espontânea na forma de espasmos musculares incontroláveis, isolados ou como uma série de contrações musculares rápidas (chamado “clonus”);
  • Reflexos tendinosos exagerados.

As manifestações de espasticidade podem ocasionar:

  • Dor, que pode variar entre leve (músculos de tensão) e forte (espasmos dolorosos das extremidades);
  • Despertar da noite: devido à dor e / ou disfunção do bexiga;
  • Função muscular prejudicada, que pode afetar o maneira de andar, outros movimentos e fala;
  • Fadiga aumentada devido ao excesso de esforço.

 

A espasticidade é um sintoma comum da esclerose múltipla (EM) deve-se ao aumento tônus muscular e se manifesta por um aumento na resistência muscular, enquanto flexionando ou uma articulação é estendida.

 

Fatores que aumentam a espasticidade

  • Fatores emocionais;
  • Lesões de pele;
  • Constipação;
  • Aumento de temperatura externo ou interno;
  • Dor;
  • Tempo de diagnóstico;
  • Dificuldades acumuladas;
  • Efeitos associados a alguns medicamentos;
  • Pontas dos pés apontando para baixo por um longo tempo.

 

Recomendações

  • Adotar hábitos saudáveis para evitar constipação, estresse, infecções e feridas;
  • Adotar posturas corretas, realizando alterações apropriadas para adequada posicionamento durante tarefas diárias;
  • Realizar compressa fria por 15-20 minutos no músculo espástico. Isso permitirá uma melhoria de tônus muscular por 20-30 minutos, tempo que pode ser usado para realizar alongamentos;
  • Ao se exercitar, o alongamento deve ser suave, sempre acompanhado por um profissional capacitado;
  • Mobilização passiva devagar e repetidamente, evitando a dor;
  • Se você utilizar um medicamento antiespasmódicos, o exercício e alongamento deve ser feito uma hora após realizar a medicação;
  • Realize técnicas de relaxamento;
  • Não ande excessivamente quando a forma de andar requerer grande esforço.

 

Referência: Guía de ejercicios para mejorar la espasticidad en la esclerosis múltiple. http://www.alucem.com/index.php/es/inicio-es/79-alucem-es/108-guia-de-ejercicios-para-mejorar-la-espasticidad-en-esclerosis-multiple

Risco de recidiva da Esclerose Múltipla não aumenta após o parto

Mulheres com esclerose múltipla (EM) não têm risco maior de recidivas logo após darem a luz, conforme previamente acreditava-se ocorrer. O estudo que chegou a esta conclusão também revelou que as mães com EM que amamentam seus bebês possuem risco menor de recidiva comparadas àquelas que não o fazem. Esta pesquisa foi apresentada durante o 71º Encontro da Anual da Academia Americana de Neurologia, que ocorreu em maio, nos EUA.

Os pesquisadores mostram-se animados com os resultados, indicando que as mulheres com EM podem ter filhos e amamentar sem enfrentar risco aumentado de recidivas no período de pós-parto.

Entre 375 mulheres com EM, 466 gestações foram identificadas nos bancos de dados, no período de 2008 a 2016. A equipe revisou os registros médicos das mães e dos bebes e conduziu pesquisas sobre histórico do tratamento, amamentação e recidivas. Os dados revelaram que 38% das pacientes não estavam sendo tratadas para EM no ano anterior à concepção. No início da gestação, 14,6% possuíam síndrome clinicamente isolada. No total, 8,4% das mulheres analisadas tiveram recidiva durante a gestação, enquanto 26,4% a apresentaram no ano subsequente ao parto. Os registros também demonstraram que 87% delas amamentaram, 35% amamentaram exclusivamente (o bebê recebeu somente leite materno durante dois meses ou mais) e 41,2% retomaram seu medicamento.

A taxa anualizada de surtos (ARR) declinou de 0,39 antes da gestação para 0,07-0,14 após a mesma. Não se observou “rebote” na atividade da doença após o parto. A ARR reduziu discretamente no primeiro trimestre pós-parto (0,27), mas retomou ao mesmo nível da gestação de 4 a 6 meses após o nascimento (0,37). Tais achados permaneceram os mesmos após se considerar fatores que poderiam afetar a ARR, como a gravidade da doença antes da gravidez.

Das 167 mulheres que amamentaram exclusivamente, 46 retomaram seu tratamento com a droga modificadora da doença (DMD) durante a amamentação.

Foram relatadas diversas recidivas associadas à interrupção destes tratamentos durante a gestação.

 

Referência

  1. Langer-Gould A, Smith J, Albers A, et al. Pregnancy-related Relapses in a Large, contemporary Multiple Sclerosis Cohort: No Increased Risk in the Postpartum Period. Disponível em: https://www.aan.com/PressRoom/Home/GetDigitalAsset/12898. Acesso em: mar. 2019.

 

Revista NeuroExperts

Número 11 – Outubro 2019

Suplementação com vitamina B no alívio de sintomas da EM: o que deve ser considerado?

Uma pesquisa identificou que a deficiência de vitamina B pode desempenhar um papel sobre os sintomas da esclerose múltipla (EM). Portanto, a suplementação vitamínica pode ser útil. Existem oito tipos de vitaminas B essenciais: B1, B2, B3, B5, B6, B7, B9 e B12. Esta grande variedade pode ser confusa quando se analisa o melhor tipo para indivíduos com EM.

Em 2018, a Sociedade Nacional de EM dos EUA recomendou a piridoxina (vitamina B6) e cobalamina (B12) aos pacientes. Elas estão disponíveis em cápsulas, mas as fontes naturais destas vitaminas são salmão, atum, carne suína, frango, feijões, bananas e vegetais para a B6 e carne, aves domésticas, ovos, laticínios e mariscos para a B12.

A vitamina B6 auxilia no metabolismo de aminoácidos que desenvolvem a proteína, e a B12 atua na produção de hemácias e garante o funcionamento eficaz do sistema nervoso. No entanto, é preciso cautela com a suplementação da vitamina B6, já que o excesso pode levar a sintomas que mimetizam os da EM, como dormência, formigamento e dor.

Diversas observações prévias sugeriram que pode existir relação entre os níveis de vitamina B12 e a EM. Alguns estudos indicam que indivíduos com EM possuem baixos níveis desta vitamina comparados à população geral e que, para aqueles com níveis normais, não existem evidências de que a suplementação melhoraria os sintomas neurológicos ou alteraria favoravelmente o curso da doença.

Entretanto, uma pesquisa publicada recentemente no periódico Clinical Nutrition Research indicou que a B12 poderia auxiliar no tratamento dos sintomas da EM, assim como a B9, conhecida como ácido fólico, melhorando a qualidade de vida.

Um total de 50 pacientes com EM remitente-recorrente (EMRR) foi incluído no estudo e dividido em dois grupos: (i) o primeiro recebeu 5 mg de ácido fólico oral diariamente e três doses de B12 (1.000 mcg) injetável; e (ii) o outro grupo recebeu placebo e injeção salina normal (mesmas doses). No grupo tratado, o nível de homocisteína sérica diminuiu e o status da anemia melhorou, revelando o potencial das duas vitaminas (B12 e B9) na melhora da qualidade de vida dos pacientes com EM.

Com base no papel potencial da vitamina B12 e do ácido fólico na melhoria das dimensões físicas e mentais da qualidade de vida, recomenda-se aumentar o consumo de alimentos que forneçam quantidades adequadas dessas vitaminas e intervenções dietéticas apropriadas para esses pacientes.

*Consulte sempre seu médico.

 

Referência

  1. Nozari E, Ghavamzadeh S, Razazian N. The Effect of Vitamin B12 and Folic Acid Supplementation on Serum Homocysteine, Anemia Status and Quality of Life of Patients with Multiple Sclerosis. Clin Nutr Res. 2019;8(1):36-45.

 

Revista NeuroExperts

Número 10 – Maio 2019

Nutrição funcional na Esclerose Múltipla

Juliana Bueno | CRN-2 8.860/RS

Nutricionista Pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional, Nutrição Esportiva Funcional e Fitoterapia Funcional pela Universidade Cruzeiro do Sul (Unicsul)

 

A esclerose múltipla (EM) é uma doença crônica, degenerativa e de caráter inflamatório, que acomete a bainha de mielina. Neste contexto, torna-se clara a importância do consumo de alimentos anti-inflamatórios, como açafrão da terra (também conhecido como cúrcuma), frutas vermelhas (morango orgânico, framboesa, amora, cereja), gengibre e brássicas (brócolis, repolho, couve, couve-de-bruxelas, repolho). Priorizar alimentos ricos em gorduras insaturadas também é fundamental, como as sementes oleaginosas (amêndoas, nozes, castanhas), azeite de oliva extravirgem, linhaça, semente de chia e abacate.

Estudos apontam que os ácidos graxos EPA (ácido eicosapentaenoico) e DHA (ácido docosa-hexaenoico) sejam importantes para formar adequadamente as membranas e reduzir o processo inflamatório da doença. Portanto, alimentos como sardinha, linhaça e semente de chia devem fazer parte da rotina alimentar destes pacientes. De acordo com a Nutricionista Pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional, Nutrição Esportiva Funcional e Fitoterapia Funcional pela Universidade Cruzeiro do Sul (Unicsul), Juliana Bueno, para alguns pacientes está indicado o consumo de óleo de peixe livre de mercúrio.

A nutricionista conta também que a incidência da EM é maior em regiões de baixa exposição solar: “Isso se deve provavelmente ao déficit de formação endógena de vitamina D, que ocorre após a exposição à radiação ultravioleta B”, descreve. Esta vitamina interage com mediadores inflamatórios e com o sistema imunológico, protegendo o organismo. Além disso, acrescenta ela: “Tem sido observado que existem receptores de vitamina D no sistema nervoso central que regulam a produção de mielina pelos oligodendrócitos. Sendo assim, a suplementação de vitamina D pode auxiliar na redução da progressão da doença”.

Os pacientes com EM precisam evitar os alimentos que geram inflamação. Juliana argumenta que o açúcar refinado é um dos alimentos mais inflamatórios e, portanto, deve ser eliminado do cardápio dos portadores da doença. “Outro ponto importante é que muitos estudos comprovam que a alimentação rica em gordura saturada e em gordura trans altera a estrutura das membranas e favorece a entrada de antígenos na barreira hematoencefálica e/ou acelera a degradação da mielina”, explica. Os alimentos industrializados, que são ricos em gordura trans, como salgadinhos, biscoitos e margarina, e os alimentos ricos em gordura saturada, como manteiga, carnes, queijos amarelos e leite, também devem ser evitados.

A nutricionista lembra também que alguns estudos têm evidenciado que o consumo de alimentos com glúten pode estar ligado ao desenvolvimento da doença. “Hoje, conhecemos um processo chamado mimetismo molecular, e sabemos que ele está envolvido em muitas doenças autoimunes”, descreve. O mimetismo molecular é a incapacidade do organismo de diferenciar as proteínas próprias das que não fazem parte do organismo. Assim, ele passa a se proteger contra estruturas erradas, resultando em destruição de tecidos pelo sistema imunológico.

O consumo de alimentos com glúten provavelmente tenha sido relacionado com a EM em função do mimetismo molecular entre os antígenos alimentares e a sequência de aminoácidos da bainha de mielina.

O intestino é um elemento-chave no que diz respeito a uma série de doenças, e na EM não é diferente. Juliana o descreve como um órgão protetor, pois evita que elementos desagradáveis sejam absorvidos. “O problema é quando temos a disbiose, ou seja, quando o intestino possui mais bactérias patogênicas do que benéficas. Desta forma, o organismo perde a ação de seletividade e acaba absorvendo moléculas grandes, que serão reconhecidas como invasoras, desencadeando a inflamação e, consequentemente, piorando a doença.

A vitamina B12 é fundamental para a produção da bainha de mielina. Esta vitamina é sintetizada pela microbiota intestinal; portanto, mais uma vez fica evidenciada aqui a importância de cuidar da flora intestinal por meio de alimentos ricos em fibras e uso de probióticos, como Kefir, Kombucha e/ou suplementos. Além disso, os alimentos fontes de vitamina B12 são carne de gado, frango, ostra, ovos, queijos, alga marinha nori e chlorella. Portanto, é fundamental que a vitamina B12 seja dosada nos pacientes com EM.

O magnésio é um mineral essencial para a contração e o relaxamento dos músculos. Ele tem papel importantíssimo na redução da fadiga e das dores musculares apresentadas pelos portadores da doença. “Alimentos folhosos verdes escuros (couve, espinafre, rúcula), gergelim, brócolis, banana, repolho e cereais integrais devem fazer parte da rotina alimentar”, conclui Juliana.

 

Efeito da restrição calórica intermitente versus diária sobre as mudanças no peso e resultados relatados pelo paciente com EM

 O controle de peso é um dos pontos-chaves quando se fala em cuidado com o processo inflamatório e controle da EM. A Nutricionista Juliana concorda que a perda de peso deve ser incentivada a estes pacientes, mas, ressalta que grandes restrições calóricas devem ser evitadas, pois muitas vezes há deficiência de vitaminas, minerais e fitoquímicos importantes para reduzir a progressão e os sintomas da doença. Retirar alimentos descritos como “calorias vazias”, ou seja, que não agregam benefícios nutricionais, e introduzir grande quantidade de alimentos anti-inflamatórios podem ser boas alternativas para que estes pacientes percam peso. A nutricionista explica que automaticamente o valor energético consumido reduzirá drasticamente e, em grande parte dos casos, esta ação já será suficiente para controlar o excesso de peso.

 

Referência

  1. Fitzgerald KC, Vizthum D, Henry-Barron B, Schweitzer A, Cassard SD, Kossoff E, et al. Effect of intermittent vs. daily calorie restriction on changes in weight and patient-reported outcomes

in people with multiple sclerosis. Mult Scler Relat Disord. 2018;23:33-9.

Revista NeuroExperts 

Número 3 – Agosto 2018